Quando a Pobreza Define o Direito à Saúde

Publicado por: Feed News
04/01/2025 07:44 PM
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Cortesia Editorial Ideia
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Maus Gestores perpetuam injustiças no acesso à saúde pública, prejudicando milhões de brasileiros vulneráveis.

 

A saúde é um direito garantido pela Constituição Brasileira, mas para milhões de brasileiros, esse direito esbarra em uma barreira intransponível: a pobreza. O Sistema Único de Saúde (SUS), projetado para oferecer atendimento universal, enfrenta desafios crônicos para atender populações vulneráveis, cujas condições socioeconômicas agravam ainda mais as dificuldades de acesso e qualidade no atendimento. A TV Saúde compartilhou sobre isso aqui

 

Um Ciclo de Exclusão

A relação entre pobreza e acesso à saúde é complexa e multifacetada. Famílias de baixa renda são frequentemente impactadas por fatores como:

Falta de transporte: Muitos moradores de áreas rurais ou periferias urbanas não conseguem acessar unidades de saúde devido à ausência de transporte público adequado.

Tempo de espera: Pacientes em situação de vulnerabilidade econômica não podem esperar meses ou anos por consultas, exames ou cirurgias sem comprometer suas condições de vida.

Deslocamento de recursos: Para populações pobres, qualquer despesa adicional, como medicamentos ou exames não cobertos pelo SUS, pode representar uma escolha entre cuidar da saúde ou alimentar a família.

 

Casos Reais: A Luta por Atendimento

Maria, moradora de uma comunidade no interior do Maranhão, sentiu na pele como a pobreza limita o acesso à saúde. Com dores crônicas na região abdominal, ela buscou atendimento em uma unidade básica de saúde e aguardou meses por um ultrassom. Quando finalmente conseguiu realizar o exame, foi diagnosticada com um tumor que já havia se espalhado para outros órgãos. Para muitos brasileiros como Maria, o tempo é um luxo que eles não podem se dar ao luxo de perder.

Por outro lado, um exemplo positivo demonstra que, mesmo em cidades pequenas, é possível oferecer atendimento eficiente e ágil. Em São Joaquim da Barra, uma cidade do interior de São Paulo com menos de 55 mil habitantes, um idoso deu entrada no Hospital Municipal em estado grave. Em menos de 12 horas, ele foi submetido a uma Tomografia Computadorizada, Ultrassonografias, Raio-X e exames de sangue. Todo o processo, incluindo a avaliação e medicação, foi realizado com rapidez e qualidade, um feito que contrasta fortemente com as dificuldades enfrentadas em outras regiões do país. Esse caso mostra que, com gestão eficiente e recursos adequados, é possível superar desafios e oferecer saúde pública de qualidade, mesmo em contextos desfavoráveis.

 

Impactos na Saúde Pública

A pobreza também contribui para a sobrecarga do sistema público de saúde. Populações vulneráveis enfrentam mais dificuldade em prevenir doenças devido às condições insalubres de moradia, à alimentação inadequada e à falta de acesso à educação em saúde. Isso resulta em maior demanda por atendimentos de emergência e tratamentos de doenças em estágios avançados, que poderiam ter sido evitados com medidas preventivas.

 

Soluções Possíveis

Para romper o ciclo de exclusão e garantir o acesso à saúde como um direito universal, algumas medidas são fundamentais:

Investimento em prevenção: Ampliar programas de educação em saúde e prevenção de doenças em comunidades vulneráveis.

Infraestrutura de transporte: Garantir que regiões periféricas tenham acesso facilitado a unidades de saúde por meio de transporte público eficiente.

Expansão da atenção básica: Reforçar a estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para atender a maior demanda e agilizar diagnósticos.

Medicamentos acessíveis: Criar políticas que ampliem a distribuição gratuita de medicamentos essenciais.

 

O Papel do SUS na Redução de Desigualdades

Apesar das dificuldades, o SUS é uma das ferramentas mais importantes para combater as desigualdades socioeconômicas no Brasil. Com maior investimento e uma gestão mais eficiente, é possível transformar vidas e garantir que o direito à saúde seja uma realidade para todos.

 

Convite para o Próximo Artigo

No próximo episódio desta série, vamos discutir como a falta de representação das populações negras e indígenas em pesquisas clínicas impacta a qualidade e a equidade do atendimento médico no Brasil.

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