A União Europeia deve agir rapidamente para evitar a desintegração de sua segurança frente à ameaça russa e à postura americana.
A economia russa parece estar se encaminhando para uma trajetória cada vez mais voltada para o conflito, e o perigo se aproxima com velocidade alarmante. A crescente aliança entre o presidente russo Vladimir Putin e o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode potencialmente criar uma crise de segurança na Europa já a partir de 2025. O Financial Times escreveu sobre isso aqui.
Especialistas em política internacional alertam que uma "combinação geopolítica" entre Putin, que ameaça a Europa, e a postura indiferente de Trump pode resultar em sérias consequências para a segurança do continente. Para esses analistas, os países europeus precisam urgentemente fortalecer suas defesas, especialmente considerando o atual panorama de incerteza envolvendo Rússia e Estados Unidos. A necessidade de uma mudança de mentalidade é clara: os europeus devem deixar de depender exclusivamente do "guarda-chuva" americano e tomar as rédeas de sua própria segurança. A ONU, dizem, perdeu a relevância, especialmente após sua omissão diante da invasão da Ucrânia. Além disso, é necessário punir aqueles países que atuam fora das normas internacionais, como a Hungria sob o governo de Viktor Orbán.
De acordo com o Financial Times, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, advertiu que "a economia da Rússia segue um caminho belicoso. O perigo está vindo em nossa direção rapidamente." Ele e outros líderes têm pressionado os países da OTAN a aumentarem a produção de defesa e adotarem uma postura mais militarizada frente à crescente ameaça russa.
O Comandante Supremo das Forças da OTAN na Europa, General Christopher Cavoli, também manifestou preocupações, afirmando que a Rússia "não tem intenção de limitar suas ações à Ucrânia". Especialistas em segurança destacam que a Rússia já está envolvida em uma guerra híbrida contra a Europa. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos lideravam a aliança ocidental, mas sob a liderança de Trump, a reação americana pode ser imprevisível. Além disso, analistas sugerem que os exércitos europeus estão mal preparados para enfrentar um possível conflito com Moscou. No ano passado, o exército britânico contava com apenas 73.520 soldados, o número mais baixo desde 1792, enquanto o exército alemão tinha 64.000 membros.
Os planejadores militares da OTAN também alertam para a falta de recursos essenciais para deter efetivamente a Rússia. Há uma escassez particularmente preocupante de sistemas de defesa aérea, logística, munição e equipamentos de comunicação segura. O cenário se torna ainda mais incerto caso os Estados Unidos cumpram a promessa de Trump de retirar seu apoio à OTAN. Seria possível para a Europa se defender sem o apoio americano? A ausência dos EUA poderia enfraquecer ainda mais a capacidade de resistência do continente?