Rússia se opõe a tropas estrangeiras na Ucrânia: como os BRICS reagem?

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, reafirmou sua posição intransigente sobre a soberania de seu país, rejeitando qualquer tipo de negociação realizada sem a presença e a concordância ucraniana. Em declaração à imprensa, Zelenskyy deixou claro que seu governo não reconhecerá acordos firmados em discussões entre outras nações sobre o futuro da Ucrânia.

"Nenhuma decisão sobre a Ucrânia pode ser tomada sem a Ucrânia"

A declaração do presidente vem em resposta às negociações que estão sendo realizadas na Arábia Saudita entre representantes da Federação Russa e dos Estados Unidos. Segundo Zelenskyy, Kiev não foi informada previamente sobre essas conversas e não participará delas.

"A Ucrânia não participará. Não fomos informados. E qualquer negociação sobre a Ucrânia sem nossa presença é inútil. Não podemos e não reconheceremos qualquer acordo que seja firmado sem nossa participação", enfatizou o presidente.

Embora reconheça que as negociações bilaterais entre países sejam um direito soberano de cada nação, Zelenskyy ressaltou que tais discussões devem se limitar às questões internas dos envolvidos. Segundo ele, este tipo de movimentação diplomática ocorre há algum tempo, mas apenas recentemente tornou-se pública.

Visita Oficial à Arábia Saudita: Uma Agenda Independente

O líder ucraniano também destacou que sua visita oficial à Arábia Saudita, prevista para amanhã, não tem relação com as negociações entre Washington e Moscou. Durante sua estadia, ele pretende discutir temas estratégicos de interesse da Ucrânia, incluindo a possibilidade de redução dos preços do petróleo.

Ao abordar a influência global sobre os preços da energia, Zelenskyy sugeriu que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, teria capacidade de intervir significativamente no setor:

"Não sei quem pode reduzir os preços do petróleo. Mas acredito que o presidente Trump tem o maior recurso para isso, pois ele detém uma grande influência no setor de energia. Se ele determinar esse objetivo, pode alcançá-lo", afirmou.

Com essa posição firme, a Ucrânia reafirma que não aceitará soluções impostas de fora e que sua soberania não é negociável sem sua própria voz ativa na mesa de discussão.