Bill Gates contraria Sam Altman e aponta: Programadores sobreviverão à revolução da Inteligência Artificial

Publicado por: Feed News
30/03/2025 06:24 PM
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Ao contrário do que defendem líderes como Sam Altman, Bill Gates acredita que algumas profissões não só resistirão à IA, como serão ainda mais valorizadas no novo cenário tecnológico.

 

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) deixou de ser uma promessa futurista para se tornar uma realidade onipresente. De assistentes virtuais a diagnósticos médicos, ela foi aplicada em praticamente todos os setores — e com isso, aumentaram os temores sobre a extinção em massa de empregos. No entanto, segundo Bill Gates, nem tudo está perdido para os profissionais humanos.

Durante participação no "The Tonight Show" com Jimmy Fallon, o cofundador da Microsoft surpreendeu ao afirmar que a IA eliminará a maioria das funções humanas, mas que ao menos três profissões permanecerão essenciais — e humanas. Um dos destaques de sua fala foi justamente a profissão de programador, que tem sido vista por muitos como uma das mais ameaçadas pela automação.

 

Programadores não serão substituídos — serão ainda mais necessários

Apesar da visão difundida por nomes como Sam Altman, CEO da OpenAI, de que ferramentas como o ChatGPT poderão programar sozinhas, Gates discorda. Ele argumenta que a capacidade de interpretar, revisar e dar sentido à lógica por trás da IA continuará exclusivamente humana. Para ele, “dizer que programar vai desaparecer é como perguntar se vale a pena aprender multiplicação porque os computadores já fazem isso”.

Os programadores do futuro terão funções ampliadas: além de codificar, atuarão como curadores da lógica por trás das IAs, garantindo que os sistemas estejam funcionando corretamente e que não estejam gerando respostas “completamente estúpidas” — nas palavras do próprio Gates. Também serão essenciais na detecção de bugs, aprimoramento de algoritmos e desenvolvimento de sistemas ainda mais robustos.

 

Biologia e Energia: complexidades que a IA não domina

Além dos programadores, Gates citou biólogos e especialistas em energia como profissionais que permanecerão no controle. A biologia, mesmo com o apoio da IA na análise de DNA ou no auxílio a diagnósticos, ainda demanda interpretação humana e sensibilidade científica para a inovação. Já o setor de energia, por seu alto nível de complexidade, também não será totalmente automatizável — exigindo decisões humanas para lidar com variáveis geopolíticas, ambientais e sociais.

 

O papel da IA: ampliar o acesso, não substituir por completo

Apesar do tom preocupante, Gates também ressaltou os benefícios da IA: segundo ele, serviços médicos especializados, educação de qualidade e outros recursos hoje inacessíveis para muitos serão amplamente democratizados pela tecnologia, tornando-se mais baratos e eficientes.

Enquanto a discussão sobre o futuro do trabalho avança, a fala de Gates traz um contraponto importante ao fatalismo digital. A substituição em massa pode acontecer, sim — mas ainda haverá espaço, e necessidade, para quem entende a lógica por trás da máquina.

 

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No próximo conteúdo, vamos explorar como as escolas e universidades estão se adaptando para preparar os profissionais do futuro diante da ascensão da inteligência artificial. Vale a pena continuar investindo em formação tradicional? Descubra em breve.

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