BRICS Sob os Holofotes: China e Brasil Evitam Condenar Claramente Putin em Declaração da ONU

Publicado por: Feed News
28/09/2024 11:20 AM
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Divulgação/Redes Sociais/Captura de Tela
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Declaração Conjunta dos BRICS Não Menciona Putin, Levantando Dúvidas sobre Alinhamento

Em meio às tensões sobre a guerra na Ucrânia, signatários pedem abstenção de ameaças com armas de destruição em massa

 

Na última sexta-feira, 27 de setembro, China e Brasil, junto com outros dez países, emitiram uma declaração conjunta na Assembleia Geral da ONU alertando contra o uso de armas de destruição em massa, em especial as nucleares, no conflito em andamento na Ucrânia. O documento não menciona explicitamente a Rússia, mas surge em resposta a declarações recentes do presidente russo, Vladimir Putin, que ampliou as condições para o uso de armamento nuclear pelo país.

 

Apelo pela Abstenção do Uso de Armas Nucleares
A declaração conjunta, assinada também por países como África do Sul, Turquia, Indonésia, Argélia, Bolívia, Colômbia, Egito, Cazaquistão, Quênia e Zâmbia, pede que todas as nações se abstenham do uso ou da ameaça de uso de armas nucleares, químicas e biológicas. Embora o texto não direcione esse pedido a um país específico, ele reflete as crescentes preocupações globais com a possibilidade de escalada nuclear no conflito entre Rússia e Ucrânia.

A declaração também reitera a necessidade de proteger infraestruturas civis, incluindo instalações nucleares pacíficas e outras estruturas energéticas, que não devem ser alvos de operações militares. Esse alerta é crucial dado o risco potencial que qualquer dano a essas instalações representa para a segurança global.

 

O Contexto das Ameaças Nucleares de Putin
Vladimir Putin, recentemente, voltou a fazer declarações sobre as condições sob as quais a Rússia poderia usar armas nucleares, ampliando essas circunstâncias para incluir ataques massivos de drones e agressões contra aliados como a Bielorrússia. Embora o líder russo afirme que o uso de tais armas seria uma medida extrema, essas ameaças têm gerado tensões internacionais, especialmente com o Ocidente, que alertou sobre as graves consequências de qualquer uso de armamento nuclear.

 

Diplomacia e a Busca por Solução Pacífica
Além de abordar as ameaças nucleares, a declaração conjunta assinada por China, Brasil e os demais países apela para uma "solução abrangente e duradoura" para o conflito ucraniano. Os signatários enfatizam a necessidade de diplomacia inclusiva e meios políticos para resolver a crise, destacando o compromisso com os princípios da Carta das Nações Unidas.

A iniciativa surge em um momento em que China e Brasil, juntamente com outros países do Sul Global, estão promovendo a criação da plataforma "Amigos da Paz", com o objetivo de contribuir para uma resolução pacífica da guerra na Ucrânia. Essa plataforma busca oferecer uma abordagem diplomática alternativa às negociações internacionais sobre o conflito.

 

Reação Global e Possíveis Consequências
O crescente envolvimento de nações como China e Brasil na diplomacia global para conter a escalada nuclear demonstra a importância de manter o diálogo internacional ativo. A ausência de menções diretas à Rússia na declaração, no entanto, pode sugerir uma abordagem diplomática cuidadosa, evitando confrontos diretos com Moscou, ao mesmo tempo em que ecoa as preocupações de grande parte da comunidade internacional.

Enquanto os países signatários apelam para a paz e a diplomacia, as ameaças nucleares de Putin e a possível resposta do Ocidente continuam a manter o mundo em alerta. As declarações americanas já indicaram que o uso de armas nucleares pela Rússia resultaria em consequências graves, incluindo a potencial "aniquilação" da nação, o que eleva ainda mais as tensões em torno do conflito.

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